NG7 - DR3

DR 3 – Ciência e Controvérsias Públicas

Durante vários anos, verificou-se na maior parte dos países desenvolvidos uma acumulação irresponsável dos seus resíduos (urbanos, hospitalares, industriais) sem o respectivo tratamento. Esta atitude poderá ter impactos a médio e longo prazo na contaminação dos solos, águas e ar, com efeitos nefastos para a saúde pública.
Em Portugal estima-se a produção de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas/ano de resíduos industriais.
É urgente a introdução de um sistema de separação de lixos perigosos/não perigosos e tratamento dos mesmos. Após várias pesquisas realizadas, surgiu uma nova forma de tratamento do lixo: a Co-Incineração.

A Co-Incineração consiste essencialmente no aproveitamento dos fornos das cimenteiras e das suas altas temperaturas, para a queima dos resíduos perigosos(tais como solventes de limpeza, solventes de indústria química, tintas), com a produção simultânea de cimento.
Numa primeira fase, os resíduos industriais perigosos são enviados para uma estação de pré-tratamento. Os lixos com pouco poder calorífico são fluidizados (trituração, dispersão e separação dos materiais ferrosos); os resíduos líquidos são impregnados com serradura e submetidos a uma possível centrifugação (no caso de possuírem grandes quantidades de água); os resíduos termo fusíveis, alcatrão e betumes, são rearmazenados em lotes.